Monira Bicalho; Eduardo Amorim. 2023. Caryocar gracile (Caryocaraceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
A espécie não é endêmica do Brasil (Prance e Pirani, 2023). No Brasil, apresenta distribuição: no estado do Amazonas — nos municípios Amaturá, Japurá, Jutaí, São Gabriel da Cachoeira, São Paulo de Olivença e Tabatinga.
A espécie é descrita como uma árvore de até 30 m de altura, ocorre nas adjacências da Colômbia e Venezuela, e na Amazônia Ocidental brasileira, onde ocorre no estado do Amazonas, nos municípios Amaturá, Japurá, Jutaí, São Gabriel da Cachoeira, São Paulo de Olivença e Tabatinga, em fitofisionomias de Florestas de Terra Firme. Apresenta EOO igual a 78031km², AOO igual a 48km² e sete a oito localizações condicionadas à ameaça. Considerando as áreas de pastagem como os principais vetores de ameaça contra a perpetuação da espécie. 7,42% da AOO da espécie estavam convertidos em áreas de pastagem no ano de 2020, taxa que cresceu a 1,04% ao ano desde 2007 até 2020. Adicionalmente, a espécie apresenta interesse econômico para a utilização da madeira, tendo sido comercializado mais de 524,60m³ em toras até 2016 (SEMA-PA, 2016). Assim, infere-se declínio continuado de área de ocupação, extensão e/ou qualidade do habitat, número de localizações condicionadas a ameaças e número de indivíduos maduros. Desta maneira, a espécie foi avaliada como Vulnerável (VU) de extinção. Recomendam-se buscas por novos registros de ocorrências, ações de pesquisa e de conservação in situ e ex situ a fim de ampliar o conhecimento disponível e garantir sua sobrevivência na natureza.
Descrita em: Fl. Bras. 12(1): 350, 1886. Caryocar gracile distingue-se facilmente das demais espécies do gênero por possuir inflorescência alongada e flores pequenas. Popularmente conhecida como Pequi rosada no Brasil (Prance e Silva, 1973).
| Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
|---|---|---|---|---|---|
| 1.1 Ecosystem conversion | 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded | habitat,occupancy | past,present,future | national | medium |
| Em 2020, a espécie apresentava 7,42% (355,95 ha) da sua AOO convertidos em áreas de pastagem, atividade que cresce a uma taxa de 0,19% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2007 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 1,04% aa (MapBiomas, 2022). | |||||
Referências:
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| Ação | Situação |
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| 1.1 Site/area protection | on going |
| A espécie foi registrada na seguinte Unidade de Conservação: Parque Nacional do Pico da Neblina. | |
| Uso | Proveniência | Recurso |
|---|---|---|
| 4. Poisons | natural | leaf |
| As folhas são utilizadas como veneno por indígenas Tukanos, para abater cães. As folhas são maceradas até se obter uma pasta, dada de alimento aos cães. A morte é lenta e ocorre dentro de uma semana (Prance e Silva, 1973). | ||
Referências:
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